Elis Silva

ELIS SILVA

Quero ser DI, por onde eu começo?

O Designer Instrucional torna-se sujeito fundamental em ajudar o aluno a alcançar o melhor dos objetivos: APRENDER! E não é fantástico você querer ser atuante nisso? Eu amo =)

Vamos lá, este é um artigo de opinião… Relutei para publicá-lo, pois considero delicado dizer “vá por esse ou aquele caminho”, tendo em vista que todos temos realidades bem diferentes, por isso, considere também a opinião de outros profissionais, questione os pontos que eu levantar e não se dê por satisfeito!

Pois bem, pensando nisso e com base na minha trajetória no Design Instrucional, desde 2015, a seguir descreverei alguns pontos que considero importantes para quem está pensando em iniciar na área:

1. Compreender o Design Instrucional

Antes de entrar em uma nova área, é importante que você conheça o básico sobre ela, também para ter uma decisão mais assertiva caso pretenda, depois, buscar uma especialização ou curso mais robusto, por exemplo.

Você pode fazer isso de várias formas: por meio da literatura, conversando com profissionais, observando a área, cursos, etc… Vamos por cada ponto:

  • Literatura: comece por Andrea Filatro, referência da área, tem amplo acervo que compila todas as suas dúvidas iniciais e aprofundadas sobre o Design Instrucional. Existem também diversos outros autores, como Carol Savioli, Flora Alves e Vani Kenski.
  • Profissionais: vejo que os envolvidos com o DI e as autoridades na área são acessíveis, com isso, recomendo que faça conexões, pergunte sem medo, conheça a trajetória deles até chegarem ao nível que estão como DI (todos começamos de algum lugar e enfrentamos desafios).
  • Cursos: que bom hoje poder dizer: temos muitos! Há algum tempo escrevi este artigo falando sobre algumas possibilidades de capacitação acadêmica na área e está atualizado, recomendo dar uma espiada mais tarde. Você pode iniciar pelo gratuito do iPed, o qual apresenta alguns temas introdutórios; com investimento indico o básico do Mercado EAD e do IDI e, depois, se desejar o aprofundamento você poderá mapear qual melhor lhe atenderá.
  • Grupos: têm grupos sobre DI aqui no Linkedin, Facebook, WhatsApp, Telegram e até no Discord. Participe ativamente, mesmo como iniciante tenha certeza que você poderá enriquecer os debates! De quebra aumentar seu network e aprimorar os conhecimentos.

2. Seja curioso!

Essa recomendação clichê é mesmo válida em toda profissão, não é? Com a nossa não seria diferente! Você vai se deparar com vários termos novos e estrangeiros, então não espere que alguém te explique do que se trata: corra atrás, dá um Google, pergunte nos grupos, explore, acesse os recursos!

E o mais importante: sempre analisando “como posso aplicar isso no Design Instrucional?”, quando surge um novo assunto, como o Metaverso por exemplo, é comum vários especialistas escreverem sobre o assunto e, com isso, trazer exemplos de fora sobre a sua aplicação no mercado. Mas, já parou pra pensar em unir o que acabou de aprender ao case de sucesso descrito e criar o seu próprio? Ainda dá para aproveitar essa criação e inserir no seu portfólio!

3. Você não é polvo!

A área de Design Instrucional é multidisciplinar! Dificilmente trabalharemos sozinhos em um projeto e, assim, será natural que aprendamos sobre outras áreas, algumas: Design Gráfico, Programação, Web Design, Pedagogia, Administração… tanto para orientar os processos de criação e direcionar outros profissionais sobre o projeto de DI quanto para agregar às nossas próprias tarefas.

Outro “detalhe” importante: somos tecnológicos, e a tecnologia (ai que linda) NÃO PARA! São tantas atualizações que chegará aquele momento para todos: “não consigo acompanhar”, “tenho que ser especialista em tudo mesmo?”, “estou ficando para trás”. Esse é momento em que você precisará ter calma, pé no chão, considerar que cada um tem sua realidade e batalhas diárias, compreender que somos humanos e não máquinas e DOSAR!

Nada como uma pausa e organização para não comprometer a saúde mental, afinal: precisamos de você 🙂 Respeite o seu tempo de aprendizado e compreenda que existem outros profissionais competentes também para lhe dar suporte nos projetos, não precisa abraçar o mundo.

4. Ferramentas

Sempre brinco que se eu fosse fazer uma tatuagem sobre o DI seria: “Design Instrucional não é só sobre ferramentas”. “Ah, Elis, mas logo você que sempre divulga ferramentas por aqui?” Sim! As ferramentas são importantes, claro, e devem ser planejadas conforme cada projeto, mas nosso trabalho vai muito além delas!

Ninguém escapará de ser bombardeado com os conselhos de “aprenda o pacote Adobe completo, Captivate, Storyline, Canva, Blackboard, Moodle nível 1, 2…3…” (lembra que você não é polvo?). Mas planejamento, matriz de DI, metodologias educacionais e tantas outras competências também fazem parte do perfil de DI, recomendo dar uma olhada no capítulo 1 “Design instrucional: conceitos e competências” do livro “Design instrucional para cursos on-line”, da Vani Kenski.

O design instrucional envolve conhecimentos de áreas distintas. Na sua formação, são importantes os conhecimentos de ciências humanas (em especial, da educação e da psicologia), de ciências da informação e de administração e gestão. (Vani Kenski, p.23 – Design Instrucional para Cursos On-line)

Então, se puder aprender várias ferramentas será muito vantajoso, mas aprofunde o aprendizado, que ele não seja superficial, domine uma ferramenta de autoria, outra de edição e com certeza será um diferencial no mercado (lembra que este é um artigo de opinião hein). Como aplicamos as ferramentas de acordo com cada projeto, o mais importante é que você saiba qual indicar, a que melhor corresponda com ele, afinal, precisaremos adequá-la ao orçamento e às necessidades do cliente.

5. Mostre-se!

Depois que você aprendeu, consolidou seu network, viu quantos profissionais interessantes existem, fez uma relação de recursos importantes, até organizou uma mini biblioteca de DI, chegou a hora de dizer: “Oi, mundo, estou aqui!”

Como fazemos isso?

Uma mentoria com profissionais de carreira é assertivamente indicada, aliando a isso: divulgação do seu portfólio e marca pessoal, escrevi outro artigo aqui sobre como fazer seu portfólio, dá uma olhada quando puder 😉 É através dele que o mercado poderá ver sua criatividade, seu trabalho como Designer Instrucional e suas competências profissionais, ele vai além do currículo. Imagine que o currículo são os ingredientes da receita, enquanto o portfólio é a execução dela.

Última dica? Vamos, com duas:

1. Por falar em mentoria… que tal abrir um chat com aquele profissional que te fez brilhar os olhos para a carreira e fazer uma proposta? O não você já tem e não caminhamos sozinhos. Aprenda com aqueles que “quando chegaram aqui era tudo mato”, eles têm muito a nos ensinar!

Eu sei que no cenário econômico que nos assombra, quando se trata de investimento é necessário bastante planejamento, e como estamos todos no mesmo oceano, tenha em mente que respeito pelo trabalho do outro é o suprassumo para a base de uma carreira brilhante. Se não puder investir agora na contratação de uma mentoria, busque pelos conteúdos gratuitos já existentes, como os canais no Youtube da Soani Vargas, da Alexandra Caetano, do Mercado EAD e do IDI.

2. Experiência no mercado de DI… chegamos no assunto polêmico, você já deve ter visto aquelas vagas em todas as áreas “contrata-se estagiário com 3 anos de experiência” :'( . Profissionais de Recursos Humanos com certeza falam melhor sobre isso e qual passo devemos dar; pesquise sobre todas as empresas antes de se candidatar e também aquelas que publicam várias vezes uma mesma vaga, para isso temos o Glassdor e o Cadê meu feedback?.

Por aqui, neste artigo de opinião, a minha é: seja cara de pau, o não você já tem! Participe dos grupos de DI e afins, e ao ver alguma vaga na área, troque uma ideia com o contratante informando seu desejo de ingressar e vontade de aprender, seja verdadeiro ao dizer que você não tem nenhuma experiência e que está aberto a oportunidades para se desenvolver. E, sejam bem-vindos ao DESIGN INSTRUCIONAL!

Muita coisa, né? Esse é só o início da sua trajetória como DI, depois vai ver que todo esse esforço valeu a pena! Nada que fazemos em prol da Educação é desperdício.

Aproveita esse artigo e comenta aí se você está buscando por uma oportunidade! E se você é contratante, troca uma ideia com esse novo profissional, cheio de gás para investir no seu projeto!

Um comentário

  1. Jefferson

    Olá, meu nome é Jefferson e estou chegando ainda no mundo do Do, lendo muito procurando me capacitar e louco por ser em algum momento um bom profissional da área.

    1. Elis Silva

      Que bom ler isso, Jefferson! E esse é o pensamento, e tenho certeza que você o alcançará, sucesso!

  2. Carmosina Bezerra Monteiro Francisco

    Oi! Sou Carmosina Monteiro, suas informações são muito boas! Fiz pós graduação em DI(2020), mas não pude investir na carreira, como sou da Educação sempre pensei em acrescentar algo com mais complexidade para eu criar formações para professores. Seu artigo está dizendo pra eu tirar meu certificado da gaveta e ir em frente! Quem sabe!… Obrigada

    1. Elis Silva

      Que bom saber disso, Carmosina! Vai lá hein, bota a mão na massa!!! E quando tiver pronto não esqueça de voltar aqui e colocar o link pra gente acessar, vou amar ❤
      Obrigada pela leitura e pelo carinho 😊

  3. Sônia Maria

    Olá, muito obrigada por compartilhar essas dicas.

    Estou na fase me profissionalizar o meu servir educacionais na área de DI.

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